sábado, 20 de junho de 2009

Etílico e adiposo, com chapéu panamá

Embalado pelo ócio, pelos recordos pouco louváveis de feitos de outrora e a música do caminhão da ultragás, decidi, mais uma vez, dividir outra singular presepada deste que vos escreve.

Como quase todo cotidiano, o embalar dos dias segue uma previsível sequência de aconteceres o qual chamamos de rotina, que nos açoita de segunda a sexta, raramente aliviando nossas costas com um imprevisto, no geral, ruim. E assim passamos nossa segunda a sexta aguardando a gentil carícia que o fim de semana nos fará nas costas. Nesse final de semana, em particular, decidi celebrar minha amostra grátis de aposentadoria em um périplo pelo centro de São Paulo, com minha digníssima namorada, a qual odeia violência.

Fomos ao mercado municipal nos banquetear com os exclusivos lanches e pães daquelas paragens, num agradável circular entre a pardavasca multidão, observando as iguarias e comentando sobre a fauna humana do local. Dando sequencia ao tão aprazível passeio, voltamos ao metrô e descemos na estação da luz, com o objetivo de ir ao museu da língua portuguesa, que exibia uma mostra do machado de assis.

Ora, mas que singelo passeio cultural gastronômico pela cidade, não? Onde está a presepada?

A presepada, vos digo, deu o ar da graça na volta. Especificamente no metrô. Estavamos dentro do metrô, esperando que as portas se fechassem. No momento derradeiro, em que a porta estava para se fechar, um indivíduo, gordo, do tipo gordo com membros magros, branco, olhar vítreo dos alcoolizados, com um vermelho sanguíneo nas olheiras, caminhando aos tropeços, sem camisa e de chapéu panamá, entrou destrambelhado porta adentro, tal qual um zumbi químico, e só parou sua trajetória quando colidiu com a outra porta fechada do vagão.

Mal parava em pé, olhava para os arredores sem ponto fixo algum e sem piscar, com o entreabarto da boca a brilhar de uma saliva velha e quase seca. Segurou-se como pôde, bem ao lado da cadeira cinza, onde estava sentado um velho, como lhe era de direito estar.

A princípio me divertiu, especialmente o fato de ele estar sem camisa e de chapéu panamá, mas logo essa alegria foi se tornando uma raiva contida quando notei que ele estava a dar barrigas de forma opressiva no pobre velho sentado em seu lugar.

Vá lá que eu não goste de velhos, mas nem por isso vou atormentar a paz deles, a morte já está próxima para eles de todo modo, não vou ser eu quem vai estragar os ultimos momentos dele entre os encarnados. Mas, claramente, não pensava assim o figura com sua barriga olímpica a tribular o velho com sua presença. De leves barrigadas a pesadas barrigas, o velho decidiu que seria melhor se levantar de seu assento, mesmo lhe sendo de direito, para que pudesse se afastar do panamenho de pacotilha a seu lado.

Minha namorada estava conversando comigo sobre os passeios do dia, mas eu já não estava mais prestando atenção a nada, e culminou no meu pico de indignação quando, o gordo, ao passar ao lado do velho que involuntariamente lhe cedia o lugar, deu-lhe uma ombrada com bastante força, desconjuntando o coitado que aos tropeços foi se abrigar num canto em pé, até sua estação.

Isso foi demais pra mim, já estava tinindo para me tornar um agente do karma, quando minha decisão foi tomada ao ver o patife a babar no decote de uma garota que tolamente sentou-se ao seu lado.

Chegou o meu momento de descer do metrô e por o meu plano em prática. Deixei que minha namorada descesse na minha frente (para que ela não visse o que eu iria fazer). Ela desceu, e na minha vez, passado do lado do bêbado, desci-lhe o punho no côco, com força, em cima de seu chapéu e prossegui.

Mas ele saiu do vagão e veio me inquerir acerca do acontecido:

- Bateu mano?
- Bati.
- Porque mano?
- Peça desculpas. - logo disse, entre puxões de protesto de minha namorada.
- Porque?

Então, resumindo, dei-lhe umas porradas, exigi-lhe desculpas pelo velho, e ofegante, me afastei em meio de suas ameças de matar minha mãe.

Fim de papo.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Ferimentos sérios e freio gasoso

Há muito que escrevo aqui sobre os infortúnios de outrem, espalho frivolidades das quais fui testemunha ou simplesmente ouvi contar, o que por si só já é o bastante para tirar a credibilidade do escrito. Felizmente o blog não trata-se de nada jornalístico, de modo que o que importa se o relato é uma história ou uma estória.

Calhou de que não sou protagonista de nenhuma delas. Mesmo já me pedindo, não escrevi presepada alguma de minha autoria. Pois bem, vou por um fim nisso agora.

Certa sexta feira, não tão longínqua, um amigo, até então morador do Rio de Janeiro, veio vistar-nos cá em São Paulo. Considerando a solene ocasião de sua presença, combinamos que iríamos à casa de um terceiro, que havia organizado uma festinha para celebrar a presença do visitante. Passei em casa de minha namorada para buscá-la e depois passei para pegar o ilustre afim de irmos para a festa.

Passado um bom tempo de trânsito, entre todos esses pontos, chegamos lá, onde havia comida, bebida em farta abundância. Enquanto tomava uma cerveja, decidi buscar uns petiscos então apoiei o copo de vidro em uma mesa também de vidro afim de ir até a mesinha de comidas e ingerir um algo, afinal de contas, nada de jantar ou de refeição alguma desde a hora do almoço.

Estava eu a no anti-narcoléptico ato mastigatório, com uma canapé na boca e outro em punho, quando minha namorada chamou-me para sentar ao lado dela. Com toda fluidez de um acróbata do circo chinês, caminhei por entre os convidados, e, ao chegar no meu destino, desabei no sofá, num desleixo de compostura que só não foi notado porque eu golpeei, impetuosamente, o copo o qual estava me servindo de cálice, que por sua vez, num ato vingativo de karma instantâneo, me cortou ao se partir em frangalhos.

Como foi muito rápido, mal me doeu, mas foi possível de se ver o vermelhinho familiar e mal-vindo do sangue a desbravar os limites do além veias. No caso, minhas veias. Me pareceu prudente ir até o banheiro verificar a gravidade da mácula física que havia me auto-impingido.

Cheguei na frente do espelho, ergui o cotovelo à frente do espelho e vi o que não queria. Um ferimento mais grave do que esperava. Além de ser possível de se ver todas as camadas da epitele, tal qual uma ilustração de livro de ciências, vi o osso do cotovelo. Note que até então não tinha consciência dessa minha fraqueza para coisas dessa natureza.

Minha namorada e a de meu amigo vieram em meu socorro, iniciaram o procedimento de limpeza no ferimento e tentavam aprontar um curativo. Durante todo esse processo, fiquei a refletir acerca da situação "puta merda, vai ter que dar ponto. Porra, nunca tomei ponto! Quando eu levei a namorada do Chofra pra tomar pontos o cidadão foi um açougueiro, enfiou uma agulha ferimento adentro com a anestesia. A garota gritou um grito bestial quando isso aconteceu, e as garotas são mais fortes para dor do que os homens, estou fodido!" Com tudo isso a me atribular os tomates, comecei a sentir, em forma de um suave apito nos ouvidos e um formigamento, o abraço do desmaio.

Desmaiei e levantei logo em seguida. O curativo ficou pronto e tudo deu certo. Mas o curioso foi que quando eu desmaiei, soltei o freio das pregas e, com a falta de pudor dos prestes a morrer, peidei.

Fim de papo.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Garota de família

Tem aquele do colega que, entre um trabalho e outro, confessionou como sendo de outrem, uma desventura amorosa.

Uma fraqueza de caráter que é muito comum nos indivíduos masculinos é de jactar-se acerca de seus sucessos e aventuras com o sexo oposto, que, sendo eles verdade ou não, pouco interessa pra quem não é o protagonista da (suposta) foda.

Quando começam a me narrar algo dessa natureza, fico quieto e deixo que contem, vez ou outra me aparece alguma coisa interessante, por exemplo, nesse caso. A história começa como todas outras parecidas começam,"(...) meu camarada estava saindo com uma garota de uns peitões incríveis, e estava louco para mexer direito ali.(...)"

Estava quase a lamentar por mais um tempo perdido nessa minha passagem por esse vale de lágrimas, mas quando ele concluiu a historia, acabou valendo a pena.

Eis que suposto amigo logrou êxito na garota e já estava com a mesma despida em sua frente, com suas formas e mamas ao seu dispor, quando ele foi fazer o que todo macho faria, pôs-lhe a mão nos peitos e, com vigor, chupou-lhe os mamilos, no mais carnívoro dos tesões.

Nesse instante, com o calavastro em ponto de bala e a boca onde sempre sonhou por toda a vida, passou do céu para o inferno ao sentir um acre gosto de leite humano.

- Mas que porra é essa?! - exclamou em negativa surpresa.
- Ah, me desculpe, é que meu filho só tem 2 meses e ainda estou amamentando.

Fim de papo.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Foto de família

Fotografia de muito bom gosto, com direito a vislumbre do calavastro do Leôncio.

Nerdice - Novo MMO de Star Wars

Ora, ora, ora, vejam só o que não vem por aí. Um MMO de Star Wars. Vi o trailer por aí, quem gosta disso garanto que vai sentir calafrios Nerds.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Super Timor

Eu não tinha visto, é incrível!

Competição do menor pênis do mundo.

O mais notável, além da microscópica virilidade dos participantes, é a sua coragem de mostraro que não têm entre as pernas.

http://lolpornonline.com/post/48487770/wtfnsfw-barely-nsfw-worlds-smallest-penis

incrível.

Mulher Alho

Karma

Se não se comportar direitinho nessa vida, olha só o que pode vir pela frente.

Cosplay

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Festa Zumbi

Lamento profundamente não ter sido convidado para esta.

Podreirinha pra alegrar sua segunda feira

Na verdade é até otimista essa imagem, quer dizer que existe sempre alguém tão doente quanto você, talvez esse papo de toda panela ter sua tampa seja verdade.

Sobre ter e ser

Assistindo a uma entrevista na televisão, surpreendentemente pus-me a refletir acerca do assunto a ser discutido. O entrevistado em questão começou a discorrer sobre a pequena porcentagem de milionários e a grande porcentagem de não milionários. Claro que isso tem cara de clichê, mas ele fez uma colocação assaz interessante, que dizia: A classe média vive num ciclo que se resume a trabalho, obtenção de bens materiais e pagamento de dívidas. Contraímos dívidas para obter algo que desejamos para nos aproximarmos do que julgamos ser uma vida ideal. Essa afirmação não é válida se você for um milionário, claro. Também é verdade que nem todos querem coisas, mas achei uma grande verdade.

Agora, ao deparar-me com essa imagem, confesso que desejei isso aí: