segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Onde está a mamãe?



Estou de volta, mesmo nπo sendo importante para ninguém. E, para os poucos que se importam um mínimo, peço desculpas. Ah, eu sempre demoro para escrever mais uma de minhas inúteis histórias, mas o fato é que as dignas de menção são poucas. Quer dizer, tem algumas outras menos intensas, mas ah, diabos, essas eu não quero escrever aqui!

Pois bem, essa eu ouvi por aí. Ouvi de uma amiga, e foi uma surpresa agradável porque se mostrou ser bastante engraçada (ao meu "paladar humorístico") de modo que decidi espalhá-la aqui, nesta compilação de fanfarras.

Se passa na época do carnaval. Acredito eu que em uma cidade do interior. Bom, o que importa mesmo é que se passa dentro de um desses salões onde ocorrem os tais bailes de carnaval, onde as garotas de moral mais flexível se permitem ser encoxadas e os caras procuram as encoxar (e o que mais for possível de se fazer). Sempre aquela lotação, aquela música tocando alto e em caixas com muito ruído, calor, gotinhas de suor e troca de fluídos involuntária.

Neste cenário de caos e luxúria, entre aquela multidão pardavasca, estavam essa minha amiga e seu namorado, que assim como eu, não gosta muito desse tipo de festa. Ou será que era o contrário e quem não gostava era ela? Bem, de qualquer forma, lá estavam os dois, um aproveitando e o outro resistindo quando o rapaz avista algo que não pertence àquele cenário. Uma criança! Mas que tamanha irresponsabilidade trazer uma criança e deixá-la solta entre os hedonistas! Onde já se viu tamanha irresponsabilidade!

Um espírito altruísta baixou nele e ele agora sabia que tinha uma missão. Encontrar a mãe desta criança e falar algumas verdades ao devolver-lhe o filho. Caminhou na direção da criança e a ergueu pelos sovacos, por trás e perguntou:

- Onde está a mamãe? - Perguntou com a entonação adequada para se dirigir a palavra a uma criança.

Nesse instante, nosso herói tomou um dos maiores sustos de sua vida. A criança se virou e disse, com uma voz pertencente a uma entidade provinda das profundezas abissais do inferno:

- Onde está a mamπe é o caralho!

Não era uma criança! Era um anão! Um anão trajado como um metaleiro ainda!

- Puta merda - disse o rapaz antes de atirar o anão longe.

O anão deslizou pelo piso do salão com a barriga pra cima, sua expressão era um misto de raiva e susto, e agitava os membros atarracados de forma frenética, da mesma forma que uma barata na mesma situação faria, tudo isso em direção a um aglomerado de pessoas.

Para azar do arremessador de anões, aquele grupo de pessoas eram aliados do mini metaleiro, e evidentemente foram querer tomar satisfações. Ele sabia que estava em apuros. Mas como estava na companhia de seus aliados também e entre eles estava um muito habilidoso com as palavras, não houve nenhum derramamento de sangue.

Fim de papo.

Um comentário:

Anônimo disse...

ahhh, ficou ótimo! adorei! vc é hilário. bjo